O forte crescimento e o considerável progresso social das últimas duas décadas fez do Brasil umas das principais economias do mundo, apesar da profunda recessão da qual a economia está agora se recuperando. No entanto, o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo e as contas públicas deterioraram-se significativamente. Reformas abrangentes são necessárias para sustentar o progresso em matéria de crescimento inclusivo. Um melhor direcionamento do gasto social nas famílias pobres reduziria a desigualdade e ao mesmo tempo asseguraria a sustentabilidade da dívida pública. Isso exigirá escolhas políticas difíceis, principalmente em relação à previdência social e às transferências sociais. A redução das transferências econômicas para o setor corporativo, juntamente com avaliações mais sistemáticas dos programas de gastos públicos, reforçará o crescimento, aperfeiçoará a governança econômica e limitará o escopo futuro do rentismo e dos subornos políticos. Para manter o potencial de crescimento da economia, é preciso mais investimento, o que pode elevar a produtividade e, ao mesmo tempo, o escopo de futuros aumentos de salário. Simplificar os impostos, reduzir os custos administrativos e agilizar a emissão de licenças aumentaria o retorno do investimento. Uma concorrência mais forte permitiria aos empreendimentos de alto desempenho prosperarem e aumentaria as oportunidades de investimento. Ao mesmo tempo, as barreiras comerciais isolam as empresas das oportunidades globais e da competição internacional. Maior integração na economia mundial levará ao aumento da competitividade das empresas brasileiras e abrirá novas oportunidades de exportação.
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS: FORTALECER O INVESTIMENTO E A INFRAESTRUTURA; FOMENTAR A INTEGRAÇÃO NA ECONOMIA MUNDIAL