O tom no topo é importante. Espera-se cada vez mais que os líderes liderem pelo exemplo, inspirando os colaboradores a viverem de acordo com os comportamentos esperados e a praticarem o que dizem, exibindo os mais elevados padrões éticos – sem se tornarem juízes morais. Os líderes também podem promover ativamente uma cultura de integridade, dando aos funcionários as ferramentas e a confiança para fazerem escolhas éticas, encorajando-os a procurar aconselhamento, a expressarem as suas opiniões e proporcionando-lhes um espaço seguro para discutirem livremente questões de integridade e para levantarem erros e problemas antes que se tornem prejudiciais para a organização.
Este relatório examina questões-chave em torno da liderança em integridade, com base em uma pesquisa respondida por 5 889 altos agentes públicos de 104 entidades federais. O relatório propõe uma estratégia concreta para que a Controladoria-Geral da União (CGU), que lidera as políticas de integridade em nível federal no Brasil, contribua ativamente para a mudança de comportamento dos líderes.
Este relatório, inspirado e informado por insights das ciências comportamentais, complementa a colaboração anterior da OCDE com da CGU na promoção da integridade pública, incluindo os relatórios “Fortalecendo a Integridade Pública no Brasil: Consolidando as Políticas de Integridade no Poder Executivo Federal” (2021) e “Modernizando a Avaliação dos riscos para a integridade no Brasil: Rumo a uma abordagem comportamental e orientada por dados” (2022).
Este relatório contribui para o trabalho da OCDE para ajudar os países a implementar eficazmente da Recomendação da OCDE sobre Integridade Pública e na Aplicação de Percepções Comportamentais para a Integridade Pública. O relatório foi revisado pelo Grupo de Trabalho de Altos Funcionários de Integridade Pública (SPIO) da OCDE em 18 de setembro de 2023. Foi aprovado pelo Comitê de Governança Pública em 16 de novembro de 2023 e preparado para publicação pelo Secretariado.