Os enfermeiros, incluindo as parteiras, são um componente integral da prestação de cuidados primários e terciários na região da América Latina e do Caribe. Embora as funções em ambos os ambientes de atendimento sejam diferentes de acordo com o país, os enfermeiros e as parteiras tendem a se destacar na linha de frente da prestação de atendimento terciário, um contexto trazido à tona pelos desafios persistentes de capacidade diante da ‑pandemia da COVID-19‑. Embora os países da região tendam a apresentar uma densidade menor de enfermeiros e parteiras por população em comparação com os países da OCDE, uma pesquisa recente da OCDE observa que sete países da América Latina e do Caribe relataram melhores densidades de ambas as profissões de atendimento em relatórios nacionais (OECD, 2022[1]).
Embora os países membros da OCDE tenham uma média de alta taxa de enfermeiros, quando ajustada para a população, de aproximadamente 10,3 enfermeiros por 1.000 pessoas, observa-se alguma variação nos países da região. Antígua e Barbuda, registrando uma taxa de pouco menos de 9,1 enfermeiros por 1.000 habitantes, é a mais alta entre os 33 países da região. O Haiti apresentou a menor taxa de enfermeiros quando ajustada para a população, com aproximadamente 0,4 enfermeiros por 1.000 pessoas. Em geral, a região da ALC observou uma taxa de menos de 3,6 enfermeiros por 1.000 pessoas (Figura 8.4).
A proporção de enfermeiros para médicos é um indicador da qualidade do atendimento ao paciente no ambiente clínico. Entre os países-membros da OCDE, a média é de 2,7 enfermeiros para cada médico, quando ajustada pela população. Vários países da região apresentam índices acima desse valor, incluindo a Dominica, o mais alto da região, com 5,5 enfermeiros por médico no país. O mais baixo da região, a Colômbia, observou uma proporção de 0,6 enfermeiros por médico. Em geral, levando em conta as diferenças na população, observou-se uma proporção de 1,9 enfermeiros para cada médico, em média, na região da América Latina e do Caribe (Figura 8.5).