Além dos médicos e enfermeiros, os demais profissionais de saúde prestam serviços de saúde importantes para uma ampla variedade de necessidades, apoiando os resultados de saúde auxiliares vinculados à qualidade do atendimento. À medida que a continuidade do atendimento e o atendimento integrado se tornam considerações importantes na atenção primária à saúde, novos modelos organizacionais de atendimento baseados em equipes dão maior ênfase a uma gama mais ampla de prestadores, inclusive dentistas, farmacêuticos e agentes comunitários de saúde (OECD, 2020[1]). Na América Latina e no Caribe, a importância dos profissionais de saúde aliados aumentou desde a ‑pandemia da COVID-19‑: a pesquisa mais recente da OCDE sobre a atenção primária à saúde na região observa que uma expansão dos esquemas de agentes comunitários de saúde pode apoiar a melhoria da disponibilidade da força de trabalho de saúde onde persistem as pressões sobre a capacidade do sistema de saúde (OECD, 2022[2]).
Em todas as demais profissões de saúde, a disponibilidade de dados variou entre os países da região. Levando em conta as diferenças na população, vários países tiveram um desempenho acima da média dos países-membros da OCDE em relação à proporção de dentistas atuantes. Com uma média na OCDE observada em pouco menos de 7,2 dentistas por 10.000 habitantes, sete países apresentaram taxas acima dessa medida, chegando a 16,7 dentistas por 10.000 habitantes em Cuba. O Haiti apresentou o menor número de dentistas da região, com pouco mais de 0,2 dentista por 10.000 habitantes. Nos 33 países da região da América Latina e do Caribe, foi observada uma taxa média de mais de 4,2 dentistas por 10.000 habitantes (Figura 8.6).
Com relação aos farmacêuticos, observou-se uma média de quase 3,4 farmacêuticos nos 20 países da região da América Latina e do Caribe que informaram dados. Em comparação com a média da OCDE de pouco mais de 8,8 farmacêuticos por 1.000 habitantes, somente a Costa Rica - um país membro da OCDE - teve um desempenho superior, registrando mais de 12,0 farmacêuticos por 1.000 habitantes. A Jamaica registrou a menor taxa de farmacêuticos na região, com aproximadamente 0,15 farmacêuticos por 1.000 habitantes (Figura 8.7).
Os agentes comunitários de saúde (ACSs) são um componente essencial da força de trabalho de saúde na região da América Latina e do Caribe, com variações significativas em sua densidade como resultado das diferentes funções na prestação de serviços de saúde primária nos países. Bem acima de outros países da região, o Brasil registrou quase 16 ACSs por 10.000 pessoas, enquanto a Guatemala registrou o número mais baixo entre os países que informaram dados, com pouco mais de 0,1 ACS por 10.000 pessoas (Figura 8.8).