A pandemia da COVID-19 está mudando a forma como pensamos a nossa economia e a nossa sociedade. As escolhas políticas que os governos fazem hoje determinarão o sucesso deles na construção de uma transição para um amanhã mais verde, mais inclusivo e mais resiliente. É uma oportunidade de traçar um caminho que possibilite a todos encarar o futuro com confiança.
Nos 30 anos desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil diminuiu desigualdades em saúde e expandiu a cobertura e o acesso a serviços de saúde. No entanto, a mobilização de financiamento suficiente para garantir uma cobertura universal tem sido um desafio constante.
Em 2019, o Brasil dedicou 10,5% de seu orçamento público para a saúde, um percentual muito menor do que os países da OCDE, que gastaram com saúde em média 15,3% do gasto público total.
Mudanças demográficas e epidemiológicas, o aumento das expectativas por parte da sociedade e as novas demandas que se apresentam para o período de recuperação pós-COVID-19 deixam claros que melhorias e reformas contínuas são necessários para fortalecer o sistema de saúde e garantir sua sustentabilidade.
A ansiedade e a insegurança econômica afetaram o bem-estar. Um novo estudo da OCDE examina como as políticas centradas no bem-estar podem ajudar os mais vulneráveis - e construir uma economia mais resiliente.
Os empreendedores desempenham um papel vital na economia mundial, mas deixar de aproveitar um mundo de talentos empreendedores atrapalha as economias. Finanças, habilidades e apoio personalizado podem ajudar.
Mais de 6 em cada 10 cidadãos da OCDE acreditam que os governos devem fazer mais para reduzir as diferenças de renda entre ricos e pobres - mas as opiniões sobre a sua extensão e como isso deve ser ser feito estão divididas.
O IPAC dá suporte ao progresso dos países em direção a emissões líquidas zero de gases de efeito estufa e a uma economia mais resiliente até 2050.
Os jovens são os nossos líderes de amanhã, mas eles foram os mais afetados. Como eles podem se tornar a força motriz para a transformação pós-COVID-19?
Uma Inteligência Artificial que serve às pessoas significa colocá-las como prioridade nos padrões de IA - exatamente o que os Princípios de IA da OCDE pretendem fazer.
A OCDE tem o orgulho de lançar o Painel da Recuperação da COVID-19, uma ferramenta que visa ajudar os países em uma reconstrução melhor e mais forte à medida que se recuperam da pandemia COVID-19.
O Painel da Recuperação fornece um conjunto prático e abrangente de indicadores de resultados que mensuram se os esforços de recuperação dos países são fortes, inclusivos, verdes e resilientes.
A economia portuguesa está a recuperar bem da crise da COVID-19, graças à resposta política rápida e eficaz e ao sucesso do processo de vacinação.
A pandemia desferiu um duro golpe na economia portuguesa. Após uma queda de 8,4 % em 2020, o PIB português deverá voltar a crescer 4,8 % em 2021 e 5,8 % em 2022, também graças ao fato de quase 90% da população já estar completamente vacinada, a taxa mais elevada da OCDE.
Com o envelhecimento demográfico e a consequente diminuição da população ativa, o crescimento futuro irá depender de ganhos de produtividade. Para isso, Portugal deve aproveitar o seu Plano de Recuperação e Resiliência, financiado pela UE, para acelerar a transição ecológica e digital, concentrando-se nos projetos com maior impacto económico e social.
A pandemia da COVID-19 aprofundou as desigualdades de oportunidades já existentes e criou novas vulnerabilidades na América Latina, levando a maiores quedas na satisfação das pessoas com a vida.
A satisfação com a vida caiu significativamente para as mulheres latino-americanas, residentes rurais, jovens adultos de 15 a 29 anos e pessoas com níveis mais baixos de formação educacional. Enquanto as mulheres ficaram na linha de frente, dado que a América Latina reúne a maior parcela de mulheres trabalhando no setor de saúde no mundo, os jovens da região sofreram maior risco de abandono da educação, podendo aumentar o número de jovens nem-nem.
Essa queda também foi maior quando comparamos esse grupo focal de 11 países da região com os países da OCDE no mesmo período.
Ao menos um em cada dez dos trabalhadores de 20 a 29 anos é autônomo em seis países da União Europeia - Grécia (13%), Itália (12%), República Tcheca (11%), Polônia (10%) e Romênia (10%).
Os países com as taxas mais altas de jovens em trabalho autônomo em comparação com a média da UE também foram os que tiveram os maiores índices de desemprego de jovens após a crise financeira de 2008-09 (por exemplo, Grécia e Itália). No entanto, a lacuna entre as taxas de trabalhadores autônomos jovens e trabalhadores autônomos no geral ainda é grande para muitos países, incluindo aqueles com baixas taxas de jovens trabalhadores autônomos, como Alemanha (2,7% vs. 8,0%) e Dinamarca (3,2% vs. 7,5%), e aqueles com altas taxas, como a Grécia (12,8% vs. 27,9%) e a Itália (12,1% vs. 20,2%).
Explorar abordagens de políticas para preencher essa lacuna é uma forma de apoiar uma recuperação econômica, resiliente e de longo prazo da pandemia da COVID-19.
Nos 30 anos desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil diminuiu desigualdades em saúde e expandiu a cobertura e o acesso a serviços de saúde. No entanto, a mobilização de financiamento suficiente para garantir uma cobertura universal tem sido um desafio constante, situação essa que é agravada pelas persistentes ineficiências no uso de recursos no sistema de saúde brasileiro. Neste sentido, este estudo examina o desempenho do sistema de saúde brasileiro, em uma perspectiva comparada reconhecida internacionalmente e aponta as ações-chave que o Brasil deveria considerar priorizar nos próximos anos a fim de fortalecer o desempenho de seu sistema de saúde.
A atenção primária à saúde tem um modelo bem organizado no Brasil. Nas últimas décadas, o Brasil implementou uma série de reformas a fim de aprimorar a distribuição de médicos pelo país, o desenvolvimento de novas formas de organização de serviços, a introdução de novos modelos de financiamento e a execução de uma série de iniciativas para o aprimoramento da qualidade. Neste contexto, o estudo aponta ações-chave que o Brasil deveria considerar nos próximos anos a fim de fortalecer o desempenho da atenção primária à saúde, especialmente no tocante à realização da prevenção e rastreamento das principais doenças não transmissíveis, melhoria de indicadores de qualidade do provimento da atenção primária, enfrentamento dos déficits de força de trabalho e a busca de uma transformação digital.
A recessão que acompanha a pandemia da COVID-19 tem implicado efeitos desproporcionalmente negativos para as mulheres. No entanto, as perdas de trabalho das mulheres foram causadas em grande parte pelos resultados das mulheres que são mães, especificamente. O estudo Risks that Matter da OCDE em 2020 apresentou evidências nacionais de que, quando as escolas e creches fecham, as mães enfrentam o fardo do trabalho de cuidado não remunerado adicional - e, correspondentemente, sofrem penalidades do mercado de trabalho e estresse. Essas descobertas servem como outro lembrete de que os governos devem considerar as desigualdades no trabalho não remunerado e adotar uma abordagem com perspectiva de gênero ao construir suas respostas políticas em resposta à crise da COVID-19.
Muitos países latino-americanos experimentaram um vertiginoso crescimento econômico nas últimas décadas. Mas essa mudança se refletiu em melhorias nas diferentes áreas da vida das pessoas? Este relatório aborda essa questão apresentando evidências comparativas para a América Latina e o Caribe (LAC) com foco em 11 países da ALC (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai). Abrangendo condições materiais, qualidade de vida, recursos para o bem-estar futuro e desigualdades, o relatório apresenta evidências sobre o bem-estar antes e desde o início da pandemia.
Romina Boarini
Diretora, Centro de Bem-estar, Inclusão, Sustentabilidade e Igualdade de Oportunidades (WISE) da OCDE
Marietje Schaake
Presidente, Cyber Peace Institute; Diretora de Políticas Internacionais, Cyber Policy Center, Stanford University
Lucy Kellaway
Co-fundadora, Now Teach; Ex-editora associada e colunista sobre Carreiras & Trabalho, The Financial Times
Jack Garton
Membro, OECD Youthwise
O Forum Network da OCDE é um espaço que reúne diferentes vozes, diferentes opiniões e diferentes ideias sobre como podemos construir uma recuperação resiliente para sairmos mais fortes da pandemia da COVID-19.
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