Os profissionais de saúde mental compreendem uma categoria única da força de trabalho em saúde, incluindo psicólogos, psiquiatras e enfermeiros que trabalham no setor de saúde mental. Devido à pandemia de COVID-19, as necessidades de saúde mental surgiram como uma carga crescente de saúde que exige cuidados complexos e especializados e continua sendo um grande desafio devido às restrições persistentes da capacidade da força de trabalho. Além disso, à própiia força de trabalho de saúde mental também está em risco: um estudo recente sobre trabalhadores de saúde mental em 17 países da região durante os primeiros 100 dias da pandemia observou que a saúde mental dos próprios trabalhadores estava sob forte pressão (Agrest et al., 2022[1]).
Os países membros da OCDE têm em média cerca de 40 psicólogos por 100.000 habitantes, marca superada por quatro países da região da América Latina e Caribe: Argentina, Costa Rica, Colômbia e Antígua e Barbuda. A Argentina registrou uma taxa de mais de 286 psicólogos por 100.000 habitantes, seguida pela Costa Rica (135 psicólogos por 100.000 habitantes) e Colômbia (128 psicólogos por 100.000 habitantes). Com aproximadamente 0,26 psicólogos por 100.000 habitantes, Belize apresenta a menor taxa observada de psicólogos na região. No geral, dos 31 países da região que informaram dados sobre psicólogos, foi observada uma média de 23,9 psicólogos por 100.000 pessoas (Figura 8.9).
Com relação aos psiquiatras, os países da região geralmente têm um desempenho abaixo da média dos países membros da OCDE quando ajustados para a população, acima de 18,0 psiquiatras por 100.000 pessoas. O Uruguai, com uma taxa observada de 15,7 psiquiatras por 100.000 pessoas, é a mais alta da região da América Latina e do Caribe, enquanto o Haiti relatou uma taxa pouco acima de 0,1 psiquiatra por 100.000 pessoas - a menor taxa observada. Entre os países da região que informaram dados, foi observada uma média de aproximadamente 3,4 psiquiatras por 100.000 pessoas (Figura 8.10).
A taxa de enfermeiros que trabalham na área de saúde mental fornece um indicador da capacidade da força de trabalho nos setores primário e terciário. Embora a média regional da América Latina e do Caribe tenha sido observada em pouco mais de 17,2 enfermeiros por 100.000 pessoas, vários países tiveram um desempenho bem acima dessa medida. A Colômbia registrou a taxa mais alta da região, com pouco menos de 147,2 enfermeiros por 100.000 habitantes. Dos 23 países da região que relataram dados, São Vicente e Granadinas relatou o valor mais baixo de 0,0 enfermeiro trabalhando no setor de saúde mental por 100.000 pessoas devido à sua baixa população total, com o Haiti relatando 0,02 enfermeiro no setor como o próximo valor positivo mais baixo relatado (Figura 8.11).